Esse mês de abril aqui no blog tem sido repleto de resenhas. As dez últimas postagens comprovam isso. Mas como estava elaborando novas idéias assim que o Cine Resenhas completou os seus dois anos de vida, hoje chega um quadro que pretendo apresentar mensalmente, mas sem uma data estabelecida. A idéia não é original, pois já a vi em outros endereços da Internet. É uma espécia de confronto que vou arquitetar entre dois longas com algo muito grande em comum. Na primeira edição é uma batalha entre uma obra francesa original e a sua rápida atualização americana. A intenção é somente montar uma pequena impressão de ambas as fitas e deixar para vocês selecionarem qual é o melhor através dos comentários. Então vamos lá.
NIKITA – CRIADA PARA MATAR
Embora já tenha adquirido grande prestígio através de “Imensidão Azul”, Luc Besson só veio chamar a atenção na tarefa de fazer cinema de ação com este “Nikita – Criada Para Matar”, o quarto longa-metragem de sua carreira. E ao contrário da enxurrada de roteiros pouco inspirados que pari atualmente, ele fez de Nikita uma personagem notável dentro de uma narrativa exemplar. Ela, interpretada pela linda Anne Parillaud, é uma jovem delinquente que tem a oportunidade de recomeçar a vida quando capturada pela polícia. Dá que a jovem aperfeiçoa as suas técnicas, aprende etiqueta e se transforma em uma mulher com uma aparência de cair o queixo. Só que ao engatar um namoro com o caixa de um mercado quando ganha liberdade é submetida a várias missões de espionagem, pois este foi um acordo que manteve com o Serviço de Inteligência que a treinou. O resultado é um filme com sequências de ação invejáveis pela tensão e talento que Besson imprime a cada uma delas e que enriquece ainda mais pelo cuidado ao qual a personagem central é desenvolvida.
.
.
A ASSASSINA
Antes do “Psicose” de Gus Van Sant os americanos já eram sacanas na hora de comprar os direitos de um longa e refilmá-lo. A versão atualizada de John Badham é uma cópia carbono para lá de descarada. E olha que o intervalo entre o seu filme e o de Besson é de três anos. Mas Hollywood precisava de mulheres que fossem tão boas de mira quanto o detetive John McClane ou John Rambo. Mas o tiro saiu pela culatra. Ainda assim, “A Assassina” vence na prova dos obstáculos cinematográficos. Bridget Fonda, que é linda e que segura uma arma tão bem quanto Anne Parillaud, é a Nikita americana. A sua personagem passa pelas mesmas situações vistas no filme de Besson e cruza pelas mesmas pessoas. Até o Victor, O Faxineiro (um personagem antológico) dá o ar da graça. Mas ao contrário do desfecho pessimista do longa de 1990, a nossa “assassina” é presenteada com um merecido e tipicamente final hollywoodiano. Mas não vamos ser ranzinzas, pois qualquer ser que seja fã de Nina Simone merece uma chance.
Título Original: Nikita
Ano de Produção: 1990
Direção: Luc Besson
Elenco: Anne Parillaud, Tchéky Karyo, Marc Duret, Patrick Fontana, Alain Lathière e Jean Reno.
Cotação:
Título Original: Point of No Return
Ano de Produção: 1993
Direção: John Badham
Elenco: Bridget Fonda, Gabriel Byrne, Dermot Mulroney, Anne Bancroft, Michael Rapaport e Harvey Keitel.
Cotação:
Boa, gostei, gostaria de ver aqui Vanilla Sky Vs Preso na Escuridão!
Cassiano, como não? Só preciso dar uma revisada em “Preso na Escuridão”, que vi na tevê aberta com sintonia ruim.
Muito interessante !
Embora, não tenha visto nenhum dos citados!
Faça um Psicose Hitchcock vs. Psicose Gus Van Sant. Os filmes são idênticos, filmados com a mesma estrutura quadro a quadro (puxa, aquilo quase me fez pegar ódio do Gus).
Agora, falando sério, não conferi o “Nikita” do Besson, mas lembro de ter dormido vendo “Imensidão Azul”, achei chatésimo. Já “A Assassina” é um filme assistível, que tem a Fonda lindíssima (e sem um pingo do talento do avô e da tia). Mas já que você disse que é cópia descarada do de Besson, me ferrei. Vou ver o original sabendo o que vai acontecer segundo a segundo.
Abs!
Não assisti nenhum dos dois, embora já tenha ouvido falar. Queria ver A Assassina, porque já conheço e confio no elenco – em especial em Anne Bancroft, minha “ídola” ;)
Abraço!
Assiti aos dois filmes e penso que a pontuação é justíssima!
I aê garoto! Fazia tempo que não passava no teu blog. Muito legal essa tua ideia, mesmo que requentada. A Assassina eu pude conferir há muito tempo, no final dos anos 90, logo que descobri Pulp Fiction. Apesar de gostar muito de Imensidão Azul e O Profssional, não tive a oportunidade de assistir Nikita. Depois que o Luc Besson perdeu os culhões e passou apenas a produzir, passei a boicotar os filmes dele. Taí uma oportunidade de me conciliar com ele.
Abs.
Assisti A assassina quando era bem garoto, e gostei muito da Bridget Fonda (Mulher solteira Procura)msa achoque ela evaporou. Não vi Nikita mas mas mesmo sem ver acredito que é superior ao A assassina.Até no cartaz é evidente.
A idéia de embate sobre produçoes semelhantes é ótima.
Eu gosto mais de “A Assassina”. E acho uma pena que a Bridget Fonda tenha sumido. Ela era tão talentosa!!
Cleber, então ficam aí dois títulos para você procurar.
Weiner, eu posso fazer de “Psicose”. Mas são tantos filmes a serem comparados… Eu tenho “Imensidão Azul” na minha prateleira depois da sugestão de um ex-colega de trabalho (o ex é porque ele foi demitido). Acho que você foi o primeiro que eu conheço que não aprovou a fita. E eu já disse que amo a Bridget Fonda e que a acho muito talentosa. Mas posso alertar que existe algumas modificações entre as duas versões da personagem, especialmente no que se diz respeito ao desfecho. Abraços!
Louis, em “A Assassina” a Anne Bancroft é a mulher que dará aulas de etiqueta para a Bridget Fonda. É uma participação que gostei bastante. Abraços.
Filipe, fico feliz por isto!
Charles, eu ainda não compreendi o motivo do Besson ter parado de dirigir no mesmo progresso de antes. Eu tenho “Angel-A” na prateleira, mas nem vi. Há também aquele “Arthur e os Minimoys”, mas tá na cara que não deve chegar aos filmes anteriores dele. Abraços!
Marcelo, eu só vi os dois filmes recentemente. Assim, a Bridget Fonda passou a morar na minha mente quando a vi em “Mulher Solteira Procura”.
Kamila, é tudo culpa dessas responsabilidades de mãe e esposa, já que Bridget Fonda está cuidado dos filhos que teve com Danny Elfman. Isso que dá casar ¬¬
Olá, Alex! Tudo bem?
Destes só vi “A Assassina”, que nem lembro mais. preciso conferir novamante. rsrsrsrs
Beijos! ;)
Não vi nenhum dos dois filmes, portanto nem posso opinar sobre qual deles é melhor, mas achei interessante a seção!
Mayara, “A Assassina” não é mesmo um longa muito memorável, mas vale a revisão. Beijos!
Vinícius, obrigado. Mês que vem tem mais.
Olá Alex!
Muito legal esse novo post do blog, parabéns!
Assisti ambos filmes faz muito tempo, só lembro ter gosto dos 2, teria q rever pra avaliar melhor, mas acredito q eu tenha gostado mais do filme francês!
E concordo com a Kamila sobre a Bridget Fonda, mas na resposta vc disse bem, quem mandou casar..rs..
Abs! Diego!
Diego, muito obrigado! Espero conseguir mais coisas um pouco diferentes para o blog. E viu só o que um casamento pode fazer com uma atriz? Bridget Fonda é a atriz que não está mais na ativa que mais sinto saudades de ver em algum novo filme. E acredito que vale a pena rever. Daqui há alguns anos quando os filmes já não estiverem mais frescos em minha memória farei o mesmo. Abraços!
melhor: faça um hitchcock vs brian de palma. creio que vão sair observaçoes bem legaizinhas.
já do nikita, é o tipico filme que eu gostaria que o dE palma tivesse feito, mas ele já fez missao: impossivel, entao ta bom.
bridget fonda é foda no papel dA Assassina, mas só.
Luan, mas assim o De Palma ganharia fácil no embate, rs. A minha intenção é somente destacar filmes que possuem uma forte ligação. É claro que há muito Hitchcock no cinema do Brian De Palma, mas o mestre nunca se meteu em fazer uma refilmagem do gorducho – o que, convenhamos, é muito bom!
nunca mesmo! e veja só, a unica refilmagem do dE palma foi de um filme super antigo, produzido por howard hughes, aquele megalomaniaco do ‘Aviador’, do scorsese. ou seja, chamou o Stone(grande roteirista-Expresso da meia-noite, outro roteiro dele, perfeito!) e criou aquela saga toda. e o Hitch? ficava naquele lenga-lenga(mtos filmes dele eram lenga-lenga mesmo, chove-nao-molha, contidissimo, mto estranho e chato, enrolado) e refilmou um proprio filme dele! aquele q eu considero dos melhor dele(o Homem q sabia de mais). são poucos bons dele, tem o Frenesi e Psicose(unicas ousadias dele), o resto é mto enfadonho. nda q eu me apegue
então faz um Scarface vs Scarface, ou Duble de Corpo vs Duble de Corpo(remake indiano)auhsuashasu
Luan, e o legal é que a única refilmagem do mestre é de longe muito melhor do que a versão original do Howard Hawks. E eu gosto muito mais do remake de “O Homem que Sabia Demais” do que a primeira versão dirigida pelo próprio Hitch. Mas eu confesso que uma boa parte das refilmagens do gorducho me agradam mais do que a primeira versão, como foi o caso de “Um Crime Perfeito” (remake de “Disque M Para Matar”) e “O Agente Secreto” (remake de “O Marido Era o Culpado”). E os meus prediletos do Hitch são “Os Pássaros” (top dez), “Pacto Sinistro”, “Psicose”, “O Pensionista” e “Festim Diabólico”. E um dia pensarei na sua sugestão de filmes para confrontos aqui no blog, rs.
hmmm…q surpresas nessa sua lista de preferidos do Hitch. realmente, o Festim é o mais falado dele em qqer curso de cinema
mas nunca me liguei nos remakes q fizeram dele
oO
já Scarface, sem duvidas. Tony Montana na pele do Al Pacino é soberbo
mto mais q qqer Coringuinha teen morto da vida aew
Luan, já eu procuro ficar bem sintonizado nas refilmagens dos filmes de Hitchcock. Mas não vi muitos, tenho curiosidade em assistir a nova versão de “O Inquilino” (com a Hope Davis e o Simon Baker) e “Os 39 Degraus”. E não é à toa que Tony Montana é o personagem que o Al Pacino mais gostou de interpretar.
o Tony é o mais carnal mesmo!
blz, e eu procuro me atualizar nas refilmagens indianas
auhauhauha
Luan, e eu nem consegui ver o vídeo até agora. Maldita Internet que não volta! ¬¬’
essa sua internet…aqui ela mtas vezes tb demora pra responder, atualizar uma pagina, foda isso
Luan, terça-feira de noite ela voltou, mas a velocidade estava praticamente a mesma coisa de uma discada. Hoje a DSL do modem não ficou fixa novamente. Sorte que o técnico aparecerá hoje na minha residência.
Pingback: As Múmias do Faraó « Cine Resenhas·
Pingback: Cine Resenhas | Resenha Crítica | As Múmias do Faraó (2010)·